quinta-feira, 22 de abril de 2010

Às quartas da Copa do Brasil


Resolvidos os confrontos entre os oito clubes restantes na competição que dá vaga à Libertadores, é chegada a hora não só de analisar o contexto atual (qualidade do elenco, campanha no estadual e etc), mas também o contexto histórico de cada clube nesta reta final de Copa do Brasil.

Confronto Tricolor

O Grêmio foi o primeiro vencedor da Copa do Brasil em 1989 e, de lá pra cá, conquistou mais três títulos da competição - o último deles em 2001 (os outros foram em 1994 e 1997). Desde então, nunca mais chegou entre os quatro primeiros. Se vencer este ano, porém, superará o Cruzeiro e será o maior vencedor de Copa do Brasil - garantindo a famosa alcunha de time copeiro.
O rival do time gaúcho, no entanto, é o Fluminense, de Fred (foto). Time que chega às quartas de final a fim de garantir seu segundo título (o primeiro foi conquistado em 2007).
Logo, os objetivos são os mesmos, mas os pesos de cada campanha, diferentes.


David contra Golias?

Para quem pensa que o Atlético-GO só saberá o que é jogar na elite do futebol nacional este ano, vale o recado: o clube já disputou a Série A quatro vezes (1979, 1980, 1986, 1987) antes de subir no ano passado.
Além disso, o clube figura entre os quatro maiores ganhadores do Campeonato Goiano, tendo erguido a taça em dez ocasiões - a última delas em 2007 -, é duas vezes vencedor da Série C do Campeonato Brasileiro (1990 e 2008) e acumula dois acessos seguidos de 2008 para cá.
Se para muitos o Atlético-GO não é tão pequeno quanto parece, para outros, a inquestionável tradição da equipe adversária fará a diferença no confronto.
O Palmeiras não vive uma frase tranquila, mas busca paz para satisfazer a torcida, que está às turras com a equipe desde a incrível perda do título brasileiro no ano passado.
Se uma busca firmação, o outro busca tranquilidade.

Equilíbrio à vista


O Vitória é finalista do Campeonato Baiano e parece ter começado 2010 com o pé direito. O clube, que vem fazendo campanhas razoáveis no Campeonato Brasileiro desde que voltou à elite do futebol nacional em 2008, mostra-se um rival à altura de qualquer outra equipe de Série A.
Já o Vasco, que caiu para a Série B em 2008 e voltou facilmente à divisão principal do Campeonato Brasileiro, possui no currículo duas eliminações seguidas na semifinal da Copa do Brasil - ambas para os respectivos campeões: Sport, em 2008, e Corinthians em 2009.
O confronto, então, vale a busca por maior destaque. Ambos os clubes vêm em ascendência desde o retorno à Série A do Campeonato Brasileiro.

Guardadas as devidas proporções


No confronto entre Santos e Atlético-MG, deixarei de lado os fatores históricos - nenhum dos dois clubes venceu a Copa do Brasil, por exemplo - para falar do contexto atual, muito mais chamativo e destacável.
Se os números forem colocados à mesa, o poderio ofensivo de Santos e Atlético-MG ficaria evidente, mas com larga vantagem santista. Em 2010, o Santos fez 92 gols, enquanto o Galo, liderado por Vanderlei Luxemburgo, anotou 52.
Se Neymar, André, Ganso, Robinho e companhia têm resolvido do lado paulista, Tardelli e Fabiano têm resolvido para os mineiros.
Tudo isso, claro, se guardarmos as devidas proporções.
Na prática, no entanto, o time mineiro fará o que todos os times brasileiros farão nesta temporada: tentarão parar os Meninos da Vila a todo custo.
No mais, um confronto de peso pela Copa do Brasil. Um grande clássico que vale vaga para as semifinais da competição.
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Foto: Mariano Azevedo/ Photocâmera

2 comentários:

"Jack" disse...

Realmente a torcida do Palmeiras não anda contente com o time. Afinal, sou Palmeirense e pra mim é fácil falar isso... Mas também estamos dando todo o apoio que podemos, basta ver a presença da torcida nos jogos. O time precisa ajusar muitas coisas ainda que ficaram vagas ou distorcidas desde o ano passado, mais na parte administrativa do que no elenco. Elenco esse que hoje conseguiu uma boa contratação, aliás... Veremos como vai ser!

Felipe disse...

Meus palpites: Palmeiras, Grêmio (nos pênaltis), Vasco e Santos (também nos pênaltis, graças a gol no último minuto).